Sobre música ‘digital’ e sua legalidade

A distribuição de música ao redor do globo sempre gerou muita receita. A venda de CDs, DVDs, ingressos e produtos relacionados movimenta bilhões de reais ao ano. Porém existe peculiaridades dentro desse mercado que atraem nossa atenção, já que somos consumidores de música. E um dos fatores que afetou a venda de músicas em sua totalidade foi o advento da internet. Através dos anos foram desenvolvidos sistemas e modelos de consumo que permitiam ao usuário o consumo de música de modo amplo, sem as restrições que o mundo físico apresenta. O download ilegal de músicas (a vertente mais forte) foi o principal. Ele abalou as estruturas dessa modalidade de comércio. Até hoje bilhões são perdidos anualmente com os arquivos copiados indevidamente. Mas existem opções para aqueles que se preocupam com o consumo digital de música sem ferir as leis autorais. Porque, querendo ou não, traficar música como fazemos é Continuar lendo

Entrevista com Márcio Doratiotto

Márcio Doratiotto é estudante de Engenharia Elétrica e jogador de Rugby. Seu time foi campeão do último Campeonato Paulista do Interior, disputado semanas atrás. O esporte está vivendo uma interessante ascensão por aqui, e ele está contribuindo pra isso. Além dessa veia esportiva, ele também é um verdadeiro geek. Acompanhe então essa entrevista com ele:

1. Você tem uma vida ativa, com relação a atividades físicas e esportivas. Qual o peso disso em sua qualidade de vida? Continuar lendo

Track #1 | Fisher Price My First Friends

Existem músicas que falam por si só. E essa, do Casey Jones, com certeza é uma dessas. Assim que a escutei pela primeira vez fiquei surpreso em ver uma banda falando verdades como essa (a da vida digital atual) de maneira simples e direta, objetiva. Em baixo você pode acompanhar a música original, a tradução e o vídeo. Farei isso mais vezes, trazer músicas avulsas 🙂 Continuar lendo

Realidade aumentada…

Hoje em dia com o mercado cada dia mais competitivo ,as novas mídia novas tendências vem aparecendo para diferenciar e destacar os produtos de dessa concorrência.

Antigamente pensávamos como seria legal falar ao telefone e ver a pessoa do outro lado,hoje temos o 3g. Gostaríamos de ter todos nossos amigos perto e sempre nos mantermos atualizados do que eles estão fazendo, e o Facebook realizou esse nosso desejo. Putz, não tenho a mínima ideia de onde sair e encontrar os amigo?! Há,  o Foursquare tá aí pra solucionar nossos problemas.

E assim seguimos. Com os produtos não fogem muito com esse estigma.  Sempre  quisemos tocar (ou quase) os produtos que estamos vendo na internet ou dentro de uma vitrine. Hoje com a Realidade Aumentada a perspectiva que temos de algumas coisas se torna mais clara.

Mas que diabos é a Realidade aumentada!?

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2001 – Odisséia Espacial

“Erguem-se trinta fantasmas atrás de cada homem vivo. É esta precisamente a proporção entre os que ainda vivem e os que já morreram. Cerca de cem bilhões de criaturas humanas já pisaram o planeta Terra desde que o mundo existe.”

Assim começa esse que é um dos grandes clássicos de todos os tempos. Quem nunca ouviu falar em “2001 – Uma Odisséia no Espaço”? Eu nunca tive muita curiosidade por esse filme, mas depois que li o livro quero muito vê-lo! Nunca vi tamanha capacidade de falar do futuro, acertando-se em várias previsões. Por mais que esse livro já seja bem antigo, existem coisas que lendo ele você logo verá que são atuais, como essa frase:

“Quando estivesse cansado de relatórios oficiais, memorandos e atas, ligaria o noticioso eletrônico na tomada do circuito de informações da espaçonave e passaria os olhos pelas últimas notícias da Terra. Entraria em contato com cada um dos principais jornais eletrônicos…Cada manchete possuía um código de dois algarismos. Era só marcar o número desejado para que o pequeno retângulo do tamanho de um selo aumentasse até ocupar toda a tela…Era difícil imaginar que o sistema pudesse ser mais aperfeiçoado ou tornado mais prático.”

Vocês podem achar que é loucura minha, mas quem tem celulares desses mais novos sabe que é possível assinar feeds de notícias e lê-los diretamente do seu dispositivo eletrônico, algo muito similar ao que foi dito no livro.

Além disso, outra coisa que me deixa admirado é a riqueza de detalhes que compõe o livro. Veja no fim do post o link que leva a trechos do livro. Com certeza você irá concordar comigo.

O livro se ambienta no futurista ano de 2001. Calma, sei que estamos bem a frente de 2001, mas o livro foi originalmente escrito em 1968. Ele narra a história de cientistas terráqueos que após encontrar um desconhecido objeto na Lua resolvem pesquisar mais sobre ele. Esse objeto não identificado – chamado de AMT-1 (Anomalia Magnética de Tycho-Um) – tem dimensões perfeitas, com as raízes quadradas dos três primeiros números do sistema usado pelo homem. A peça causa estranheza pois não é possível falar com exatidão de onde, como e quando ela veio. O mais interessante é o que acontece durante uma das inspeções da mesma: no momento em que o objeto foi pela primeira vez colocado sob a luz solar, ele emitiu quatro ruídos indecifráveis. Todos ficaram espantados! Depois vieram informações de que o sinal foi emitido na direção de Saturno. Mas o que aquele objeto tem a ver com esse planeta tão distante?!

É aí que a história se desenvolve. Uma expedição é enviada para Saturno com o intuito de buscar respostas para essas dúvidas. Nesse meio tempo, o computador que comanda a nave se revolta contra os comandantes da mesma, ocorre a morte da maioria da tripulação, e no fim…não! Leiam o livro! hahaha

Pra quem ainda não teve a oportunidade de ver o filme, recomendo que leia o livro e veja que obra prima de Arthur C. Clarke!

Livro: 2001 / Odisséia Espacial
Autor: Arthur C. Clarke
Gênero: Ficção
Trechos:

TI não é tudo

Um mundo de informações. Assim pode ser classificada a Internet. Desde que ela foi criada e implantada no meio comercial houve uma grande revolução em vários campos do conhecimento. E a grande verdade é que hoje ela está mais do que infiltrada não só no nosso dia-a-dia como também no nosso tempo livre e lazer. Isso com certeza foi bom porque muitas barreiras foram quebradas, como a da distância ou censura. Mas, no cenário atual, vemos um grande problema: a dependência da Internet.

Nos últimos dias refleti bastante sobre o tema. Conversei com pessoas que tinham certo desprendimento da Internet (como a Lorena) e achei o tema deveras interessante. Para completar minha ‘curiosidade’ sobre o assunto li uma matéria no caderno LINK, do Jornal O Estado de São Paulo falando sobre um escritor chamado Nicholas Carr que comprou briga com as gigantes da tecnologia ao afirmar que o TI não é tudo na área empresarial. Essa tese deu o que falar e chamou a atenção das pessoas para o assunto. Ele lançou alguns livros sobre o tema, e eu desejo lê-los. Eles possuem um foco corporativo, mas compartilham da mesma ideia fixa.

O intuito desse post é não só informar aos leitores sobre o tema, mas também alertá-los sobre a aplicação desse conceito em nossas vidas.

O grande fato dessa década é que a Internet tem cegado a maioria da juventude no mundo. Os jovens da atualidade já deixaram há tempos o contato pessoal, o olho no olho, o sentir emoções por conversas virtuais, visualização de vídeos, diversões vazias e egoístas que substituem o sentido natural das coisas. Por favor, não me interpretem mal! Não estou condenando o divertimento virtual. Eu amo jogar no pc, assistir clipes, ler e bater papo…Mas estou dizendo que não podemos fazer disso a nossa vida. Temos que gastar nosso tempo com pessoas!

msn bloks

Um bom meio de perceber se estamos obcecados por tecnologia e informação é analisarmos a freqüência e tempo de uso. Se eu uso todos os dias a Internet e/ou não fico menos do que inúmeras horas conectado, é bom rever meus conceitos. Que tal deixar aquelas janelas do MSN abertas por um passeio ao ar livre? Ou…que tal deixar aquele novo clipe de lado e aproveitar o tempo na companhia dos amigos?

Podem parecer opções toscas e inúteis, mas que expressam o que realmente é a melhor forma de divertimento: a companhia de pessoas. Companhia física, não virtual, visual ou auditiva.

Em poucas palavras, GASTE SEU TEMPO COM PESSOAS!

p.s.: uma das grandes responsáveis por essa inversão de pensamentos e ideias foi Lorena e seus papos altamente instrutivos…hahaha.

Analfabetismo Digital

A cada dia que passa ocorrem mudanças no nosso cotidiano. Vemos a introdução de novas tecnologias fazer parte de nosso dia-a-dia e ocuparem tanto nosso tempo livre como nossos afazeres. Mas mesmo com tantas mudanças, ainda existe um grupo de pessoas que prefere ser avesso a essas novas tecnologias. Até aí tudo bem, mas o problema é quando essas pessoas tentam defender seu ponto de vista e mostrar nosso “erro”, por sua concepção.

Nós sempre atribuíamos isso às pessoas mais velhas, como pessoas da 3ª idade. Mas percebi que muitas pessoas jovens deixam de aproveitar os benefícios da tecnologia para viver suas vidas de um modo mais complicado.

Vamos aos fatos. Eu sempre tive na escola a fama de nerd e viciado em Internet e novas tecnologias. Mas a verdade não era essa. Claro que soa estranho eu falar de mim mesmo, pois todos acharão que eu estou me defendendo. Mas a realidade é que eu nunca fui viciado assim como eles falavam. O que acontecia é que eles tinham uma vida mais afastada dessas coisas e me chamavam assim por eu gostar dessa área do conhecimento. Esse é um dos sinais do analfabetismo digital. As pessoas desconhecem os inúmeros benefícios das tecnologias e por isso taxam os outros com expressões pejorativas. Mas já me acostumei com isso.

Um segundo exemplo ocorreu há poucos dias atrás: eu estava na aula quando um dos meus colegas me pediu uma ajuda. Eu prontamente me disponibilizei. Ele então disse que queria que eu lhe ensinasse como ‘roubar senhas’ de uma determinada rede social. Eu estranhei o porquê dele ter perguntado isso logo para mim. Aí ele explicou: “Eu te perguntei porque sempre que eu entro na Internet você está on-line. Pô, você tem a maior cara de hacker… hahaha”.

Imaginem como fiquei alegre com essa reposta (sem comentários). Aí vocês podem pensar: bem, ele estava correto porque se sempre que ele entra você está on-line, significa que você é mesmo viciado. Sim, você tem razão de pensar isso. Mas a realidade é que os horários em que ele usa batem com os meus. Além disso, meu uso comum de Internet é entre 1h às 2h por dia. Isso descontando os dias que não uso. Isso significa que a afirmação que ele fez estava errada. Como um viciado pode passar tão pouco tempo conectado?

Vemos aí o 2º sinal do analfabetismo digital. As pessoas, por terem pouco conhecimento dessas tecnologias, acham que você é um louco por conta de características inconclusivas.

 

analfabetismo

Mas é claro que tenho culpa nesse assunto… Posso ser considerado um geek ¹, mas no estágio mais inicial possível. Gosto muito de novas tecnologias, interatividade e informação, mas moderadamente. Uso regularmente a Internet, participo de inúmeras redes sociais, tenho acesso à Internet móvel, ouço música digital…Ou seja, características de um geek. Mas ainda assim não concordo com o termo viciado, pois o viciado usa Internet por muito mais tempo, vive o dia inteiro conectado, seja por computador, celular, videogame ou qualquer outro gadget ², além de passar o tempo praticamente inteiro com coisas voltadas para a tecnologia…

Enfim, precisamos rever alguns conceitos e aproveitar melhor a vida. Porque não aproveitamos nosso tempo livre para fazer um supletivo digital? Algumas doses de Twitter, Facebook, MySpace e alguns blogs, por exemplo, podem ser de grande valia para você que fica vidrado na vida real e esquece que os meios digitais são uma fonte de conhecimento e uma forma de lazer.

 

 

¹ Geek é uma expressão idiomática da língua inglesa, uma “gíria” que define pessoas peculiares ou excêntricas obcecadas com tecnologia, eletrônica, jogos eletrônicos ou de tabuleiro etc.

²Gadget (do Inglês: geringonça, dispositivo) é uma gíria tecnológica recente que se refere, genericamente, a um equipamento que tem um propósito e uma função específica, prática e útil no cotidiano.

O Dia em que Larguei os Fones de Ouvido

É, depois de tanto tempo tomei uma decisão. Ela pode ter sido dura, mas era necessária. Não digo que foi fácil, mas agora já estou decidido e não tem volta.

Os fones de ouvido existem há muito tempo, e com certeza foram uma das melhores invenções da humanidade. Através deles você consegue ouvir música mesmo em movimento. Além disso, você pode ouvir coisas que ficam ‘escondidas’ quando se escuta a música de outras formas. Mas nem todos esses pontos me fizeram recuar de minha decisão.

Aliás, passei ótimos momentos de minha vida com fones de ouvido. Lembro que desde pequeno eu gostava de ouvir rádio à pilha. Depois esse gosto evoluiu para o Walkman, chegando aos players de mp3 dos dias de hoje. Quantas e quantas vezes não voltei a mesma música 4, 5, 6 vezes até, só para ouvir aquele instrumental ou refrão e cantar junto…Velhos tempos.

Mas faz um tempo que comecei a avaliar algumas coisas. Percebi que os fones de ouvido me deixaram mais recluso e de certa forma egoísta. Eu já não respondia a cumprimentos na rua ou a pedidos de desculpa das outras pessoas. Isso apenas enquanto estava com eles, porque assim que me via livre dos mesmos a educação voltava ao seu lugar. Não bastasse isso, me via bombardeado de recomendações sobre não fazer o uso de fones um hábito. Não via sentido nisso. Mesmo assim aquilo ficava dentro de mim. Mas ainda assim eu pensava: nunca ouço música alta, que mal tem?!

Mas essa semana, durante uma aula, o professor – que tem um conhecimento em assuntos diversificados, mesmo inerentes à matéria – fez uma pequena colocação a respeito dos fones. Ele apontou em poucas palavras os males que ele produz e disse uma coisa mais do que importante: Mesmo em volumes baixos o fone de ouvido é prejudicial. Agora imaginem: minha cabeça, que já estava cheia de palha seca (visão negativa dos fones de ouvido) recebeu uma pequena chama (a declaração do professor). Isso me fez ficar atento ao real benefício dos fones de ouvido. Será que vale mesmo a pena sacrificar o companheirismo e a educação, além de viver ‘livremente’ só para agradar um gosto pessoal? Acho que não…

Você pode até dizer: Ah, mas só por causa disso você largou os fones de ouvido? Não, basta ver a união de fatores. 1º – Vi que eles interferiam em minha relação com as pessoas; 2º – Eles REALMENTE fazem mal à saúde; 3º – Vi, pela visão técnica, os males que eles produzem a audição humana; 4º o meu fone que eu usava diariamente começou a sofrer várias avarias e fiquei impossibilitado de usá-lo…E um do mesmo não é tão barato.

Como se pode ver, são muitos os fatores que me fizeram extinguir esse benefício tecnológico de minha vida. Mas quero deixar bem claro que não criei aversão aos fones de ouvido. De maneira nenhuma! De vez em quando ouço música neles, mas moderadamente. Além disso, descobri um jeito muito melhor de ouvir música: através de aparelhos de som e do próprio alto-falante do meu celular, que tem uma ótima qualidade (Nokia XpressMusic). Claro, só ouço música no alto-falante quando estou em particular. Não fico ouvindo em lugares públicos, como muitos fazem. Exceto quando quero mostrar músicas para meus colegas. Mesmo assim reina o bom senso. Ou seja, apenas abro mão de uma facilidade desse século.

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Meus fones morreram...

Porém se você gosta de usar fones de ouvido, continue. Só tenha mais atenção pela sua saúde e bem-estar. Lembre que em alguns anos sua capacidade auditiva estará diminuída, mesmo que você ouça música no volume mais baixo. Basta que haja o fator freqüência no uso.

Enfim, aposentei meus fones. O que você acha?

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